O acidente vascular cerebral (AVC) é a primeira causa de incapacidade no Brasil. Felizmente, tecnologia e saúde andam juntas, parceria que possibilita o desenvolvimento de aplicativos para quem teve AVC. São parceiros importantes no processo de reabilitação e prevenção de novos acidentes.
Números dão conta de que 60% dos pacientes não se recuperam integralmente e apresentam, por exemplo, espasticidade ou perda de força. Assim, os exercícios de reabilitação são imprescindíveis para a recuperação integral. Caso o paciente não consiga fazê-los presencialmente, ferramentas tecnológicas entram como suporte.
As ferramentas também auxiliam pacientes e familiares com cuidados e orientações para prevenção. Alguns inclusive apontam para os riscos de um novo AVC, o que permite buscar atendimento médico em tempo hábil.
Aplicativos importantes para quem já teve AVC
i-GSC
O primeiro aplicativo destinado à reabilitação de pacientes que apresentam sequelas de AVC. Criado pelo médico francês Jean-Michel Gracies, o Guided self rehabilitation contract tem exercícios de alongamento e treinos passíveis de execução em casa.
Basta que o médico forneça, ao paciente, login e senha que darão acesso ao cadastro com todo o histórico. A ferramenta permite a atualização das prescrições, exercícios executados e registro diário para acompanhamento do profissional.
A partir daí, são gerados relatórios médicos para que o desenvolvimento seja devidamente avaliado. Ou seja, trata-se de um tratamento personalizado e devidamente avaliado pelo médico. Por fim, o aplicativo pode ser baixado nos sistemas iOS e Android.
AVCare
A informação é fundamental no processo de recuperação e prevenção a novos acidentes vasculares cerebrais. Por isso, o AVCare entra como um dos excelentes aplicativos para quem teve AVC e, também, cuidadores e familiares.
Nele, é inserido um guia de cuidados específicos, utilizando linguagem simples e objetiva, para facilitar a comunicação. Além disso, o aplicativo tem telas e layouts facilitados, com vídeos e textos que tratam de alimentação, sequelas e cuidados com a higiene.
Por enquanto, o app está disponível apenas pelo sistema Android.
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Riscômetro de AVC
Uma das maiores preocupações de quem já teve AVC é que o problema se repita, pois a tendência é que as sequelas sejam maiores. Contudo, o Riscômetro de AVC ajuda a avaliar os riscos de reincidência e, também, para pessoas propensas a ter o primeiro acidente.
Além disso, a partir de informações descritas pelo usuário, como gênero, histórico familiar, colesterol, pressão alta, diabetes e tabagismo, o app avalia o estilo de vida. Então, com isso, aponta os riscos de AVC no intervalo de cinco a dez anos.
O usuário presta as informações ao responder 20 perguntas e, com o diagnóstico, dá dicas de prevenção e cuidados com a saúde. Ainda, informa os sinais do AVC para que o auxílio médico seja prestado com antecedência. Por fim, o app está disponível para iOS e Android.
Dexteria
A BinaryLabs é uma empresa conceituada no desenvolvimento do app Dexteria e, na Apple Store, depositou um pacote com três aplicativos específicos para quem teve AVC. Na verdade, as ferramentas são mais voltadas a terapeutas e médicos.
Além disso, o Dexteria VMI Assess and Practice Visual-Motor Integration Skills ajuda no desenvolvimento das habilidades, como escrita, coordenação motora e percepção visual. O Dexteria Dots 2 aborda habilidades de acompanhamento e rastreamento visual associadas à coordenação motora fina.
Por fim, o Dexteria Fine Motor Skill Development, o primeiro da série, abrange as habilidade de tocar, beliscar e escrita. Assim, além de desenvolvê-las, permite ao profissional acompanhar a avaliação progressiva do paciente.
AVC Brasil
O app AVC Brasil tem, como objetivo, alertar sobre os principais sintomas do acidente vascular cerebral, com ilustrações que apontam para a possibilidade de diagnóstico do problema. Além disso, orienta sobre hábitos saudáveis que podem ajudar na prevenção. Porém, uma de suas principais funcionalidades é facilitar a busca por socorro.
A ferramenta disponibiliza a localização de centros especializados em AVC, filtrando por geolocalização. Isso facilita o acesso do usuário e possibilita o rápido deslocamento do paciente, além de viabilizar ligações de emergência por botões visíveis na tela do app.
Onde há cobertura ampla pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o ideal é acionar o resgate pelo 192, pelo qual profissionais chegam em ambulâncias capacitadas para o atendimento.
Mas, nas grandes capitais, o app permite o socorro rápido, uma vez que o deslocamento das equipes é mais difícil por uma série de fatores. Então, como o AVC é uma verdadeira corrida contra o tempo, o ideal é localizar hospitais próximos para agilizar o atendimento.
Vale lembrar que pelo próprio app, a pessoa pode chamar o Samu ou o contato de emergência. O aplicativo foi desenvolvido pela Rede AVC Brasil, é gratuito e está disponível nos sistemas Android e iOS.
Os aplicativos para quem teve AVC provam a importância de saúde e tecnologia caminharem juntas em prol dos cuidados ao paciente. Porém, não dispensam, de forma alguma, o acompanhamento profissional.
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