Como evitar o envelhecimento do cérebro? 9 dicas para começar hoje!

Alguns hábitos fazem o cérebro envelhecer mais rápido enquanto outros revertem o efeito

O corpo humano, na medida em que o tempo passa, é afetado por reações naturais. A pele, por exemplo, enruga. Os cabelos ficam brancos. E o cérebro envelhece. Ainda que sejam alterações estruturais inevitáveis, por que não envelhecer bem mentalmente? Saiba como evitar o envelhecimento do cérebro e cortar hábitos que aceleram esse processo. 

A verdade é que o cérebro começa a envelhecer já a partir dos 30 anos. Aos 60, aparecem os lapsos de memória, a dificuldade em processar informações e sensação de raciocínio um pouco mais lento.

Esse processo é natural, exceto quando a pessoa é acometida por condições específicas, tais como o Alzheimer e demência vascular. E, mesmo nestes casos, os hábitos ao longo da vida têm influência indiscutível. Por isso, é tão importante saber como evitar ou, ao menos, minimizar o envelhecimento do cérebro.

Por que o cérebro envelhece?

Como evitar o envelhecimento do cérebro.

Com o avançar da idade, o cérebro diminui de tamanho, os neurônios são reduzidos e há alterações na produção de hormônios e neurotransmissores. Porém, a mudança mais significativa diz respeito à perda das conexões entre os neurônios, ou seja, as falhas na comunicação entre eles.

E aqui, repetimos: ainda que esse seja um processo natural, hábitos nocivos potencializam os efeitos do envelhecimento do cérebro. Inclusive, com o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson. Ambas são causadas pelo acúmulo de proteínas agregadas que se depositam dentro e fora dos neurônios. 

Hábitos que envelhecem o cérebro

Antes de falar em como evitar que o cérebro envelheça, é importante ressaltar aqueles hábitos aparentemente comuns, mas que fazem um mal danado às atividades cerebrais.  

Álcool em excesso

O abuso do álcool eleva o risco de falhas cognitivas. Consequentemente, também contribui com o envelhecimento do cérebro. 

Fumo

Além do álcool, o tabaco também é associado ao surgimento de problemas cognitivos, demência e aceleração do envelhecimento cerebral. 

Dieta inadequada

A má alimentação, com consumo exacerbado de gorduras saturadas, provoca obesidade e níveis altos de colesterol ruim. Sabemos que, para que o cérebro mantenha sua atividade normal, os vasos sanguíneos precisam ser bem irrigados. 

Se há placas de gordura em excesso, então a consequência é o entupimento destes vasos, além da propensão a resistência à insulina. Todo esse quadro afeta o cérebro e acelera o seu envelhecimento. 

Falta de sono

Enquanto dormimos, o sistema glinfático, que funciona como um mecanismo de autolimpeza do cérebro, é ativado e elimina as toxinas do sistema nervoso central. Sabe quais delas estão incluídas? A beta-amiloide, associada ao aparecimento do Alzheimer. Se nos privamos do sono, esse trabalho de limpeza não é feito e comprometemos o cérebro. 

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Estresse

Nos dias de hoje, parece impossível controlar nossos níveis de estresse, não é mesmo? Mas, é preciso! O estresse produz cortisol que, em excesso, provoca alterações estruturais e químicas em áreas cerebrais. 

A partir daí, há a destruição dos neurônios, que não se regeneram, além de problemas na atividade do hipocampo. Esta, como sabemos, é uma região diretamente ligada à memória.  

Sedentarismo

A atividade física melhora a irrigação sanguínea e, consequentemente, a oxigenação cerebral. Ademais, estimula a formação de neurônios no hipocampo, além de prevenir doenças cardiovasculares. Diante disso, se a pessoa é sedentária, nenhum desses efeitos é realizado e o cérebro envelhece mais depressa.  

Falta de leitura e aprendizado

Sem estímulos, como o estudo, o cérebro para de criar e fortalecer conexões neuronais. Do contrário, o aprendizado constante forma uma espécie de poupança dos neurônios, fazendo com que o cérebro suporte os efeitos do envelhecimento.  

Isolamento

A solidão eleva a produção dos hormônios do estresse, além dos níveis de inflamação dos neurônios. Sem falar na falta de estímulo às funções cognitivas.  

Como evitar o envelhecimento do cérebro

Se alguns hábitos são potencialmente nocivos à saúde do cérebro, outros podem desacelerar o processo de envelhecimento. 

  1. Pratique atividades físicas com frequência, mesmo que seja aquela caminhada leve no parque, para desacelerar a redução do volume cerebral 
  2. Durma, pelo menos, oito horas por dia para manter o ciclo de vigília-sonho e, com isso, as funções cerebrais
  3. Mantenha os hábitos de leitura e estudo para estimular a formação de novas conexões neurais 
  4. Busque sempre adquirir novas habilidades, como idiomas, instrumentos musicais e artesanato 
  5. Vinho, com moderação, tem ação anti-inflamatória e antioxidante devido à presença dos polifenóis. Mas, jamais abuse do álcool
  6. Não fume 
  7. Preserve uma rede saudável de relacionamentos para proteger sua vida (e seu cérebro) da solidão A convivência social também estimula áreas do cérebro ligadas à linguagem, comunicação, emoções, resolução de conflitos e tomadas de decisão.  
  8. Alimentação saudável, rica em nutrientes favoráveis ao cérebro, como ômega 3, magnésio e L-teanina. Se necessário, além dos alimentos, busque suplementos como Ginkgo biloba e creatina. A primeira aumenta o fluxo sanguíneo e inibe funcionamento da enzima que reduz os níveis de acetilcolina, fundamental para a memória. A outra aumenta o oxigênio e, claro, aprimora o desempenho neural 
  9. Relaxe! Já vimos o que estresse provoca no cérebro, então, priorize sua qualidade de vida e busque formas de relaxamento, como ioga e meditação 

Envelhecer é inevitável, mas podemos chegar à melhor idade com plenitude das funções cognitivas. Basta que, para evitar o envelhecimento do cérebro, adotemos hábitos mais saudáveis. E, acima de tudo, priorizemos a qualidade de vida. 

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