Você sabia que comer amendoim todo dia pode te intoxicar? Confira!

Entenda como funciona a intoxicação por aflatoxina, e como essa substância está associada ao amendoim.

Você sabia que o amendoim possui aflatoxina e que ele pode ser tóxico? Então, confira a seguir os sintomas de intoxicação por amendoim!

Sabe-se que as aflatoxinas são metabólitos produzidos por cepas toxigênicas de mofos, especialmente Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. Nesse sentido, é importante destacar que esses metabólitos costumam crescer no solo, no feno, na vegetação em decomposição e em grãos. Além disso, a toxicidade por aflatoxina ocorre por meio da exposição crônica à aflatoxina.

Nessa perspectiva, o termo aflatoxina foi derivado do nome de Aspergillus flavus. Desse modo, foi nomeado por volta dos anos 1960, depois da sua descoberta como a causa de uma doença que ocorria na Turquia chamada de doença “X” dos perus, dada em perus que eram alimentados com rações de amendoim e algodão.

De lá para cá, entende-se que as aflatoxinas formam um dos principais agrupamentos de micotoxinas. Isso porque a aflatoxina é produzida por uma ação fúngica que ocorre durante a produção, a colheita, o armazenamento e o processamento de alimentos e rações. No que se refere à toxicidade da aflatoxina, ela já foi bem estabelecida tanto em seres humanos quanto em animais.

O que ocorre se formos expostos à aflatoxina?

Ao que tudo indica, quando o ser humano é exposto à aflatoxina, pode haver náuseas, vômitos, dor abdominal e convulsões agudas. No entanto, quando a exposição é feita de forma crônica, ela também pode causar vários tipos de complicações, como hepatotoxicidade, nefrotoxicidade e teratogenicidade.

Qual é a relação entre intoxicação por amendoim e aflatoxina?

Em suma, cerca de 25% da cultura mundial é afetada diretamente pela micotoxina, e a maioria de todas essas está relacionada à aflatoxina. Mas você deve estar se perguntando: o que a aflatoxina tem a ver com o amendoim? A resposta é mais simples do que parece.

A aflatoxina é comumente encontrada em mandioca armazenada de forma inadequada, sementes de algodão, pimenta, milho, trigo, milhete, arroz, gergelim, semente de girassol e amendoim, assim como em muitas outras especiarias.

Essas culturas, portanto, podem ser contaminadas de duas formas, sendo essas: espécies de Aspergillus infectam culturas durante o crescimento e o desenvolvimento destas; ou a contaminação se dá durante o armazenamento ou o transporte, quando expostos a condições quentes, úmidas ou de seca severa.

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A exposição à aflatoxina atinge o corpo de que forma?

Em síntese, o fígado é o principal órgão afetado pelos efeitos tóxicos da aflatoxina. Nesse sentido, podem ocorrer alterações histopatológicas vistas na hepatotoxicidade aguda em razão da toxicidade da aflatoxina, bem como alterações gordurosas em hepatócitos, necrose hemorrágica aguda e proliferação de ductos biliares.

Não obstante, a exposição à aflatoxina crônica pode apresentar algumas características histopatológicas da cirrose, como degeneração nodular e fibrose, levando à distorção da arquitetura hepática, entre outras complicações.

Quais são os principais sintomas desse tipo de intoxicação por amendoim ou aflatoxina?

Quando se trata de uma suspeita de estar intoxicado com aflatoxina, é preciso ter muito cuidado e analisar todo o histórico de hábitos alimentares para poder lidar com essa problemática. Além disso, as implicações para a saúde em relação à exposição à aflatoxina irão depender, também, de diversos fatores, que vão desde a dose e a duração, até exposição, idade, sexo, saúde, imunidade, dieta e fatores ambientais.

Assim, as pessoas com toxicidade por aflatoxina podem ter diversos sinais e sintomas que não são muito específicos, variando de caso para caso. No entanto, os sintomas são comuns, como:

  • Náusea;
  • Amarelamento da pele e da esclera (icterícia);
  • Coceira;
  • Vômito;
  • Hemorragia;
  • Dor abdominal;
  • Letargia;
  • Edema;
  • Convulsões;
  • Coma;
  • Morte.

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