Todo mundo já viveu uma situação, ou ouviu alguma coisa e sentiu que já tinha vivido o mesmo antes. Além dessa sensação, existe um outro tipo de memória falsa que pode ser experimentada pelos humanos: a memória autobiográfica, essa está relacionada a ideias e eventos que de tanto serem relatados ao longo da vida, podem induzir o indivíduo a acreditar que realmente tem memórias sobre essas situações.
Como acontece o Déjà-vu?
O Déjà-vu é um fenômeno que acontece na mente quando alguém sente que está vivendo exatamente um momento de sua vida, como se o estivesse repetindo, quando na verdade ele não aconteceu antes. Isso acontece devido a uma pequena falha durante o armazenamento de memórias no cérebro.
Imagine que o cérebro é um grande armário cheio de gavetas onde ele guarda as memórias, essas gavetas separam tipos de memórias distintas, como memórias imediatas e memórias antigas. Então, durante essa falha é como se a memória imediata fosse guardada na gaveta de memórias antigas, e isso dá a sensação de que a cena já foi vivida exatamente daquela forma.
Qual a diferença entre Déjà-vu e memórias autobiográficas?
Você já escutou a frase a mentira é tão boa que até o próprio mentiroso acredita? É exatamente isso que acontece quando se cria uma memória autobiográfica.
De fato, é bem comum acreditar que você possui várias memórias sobre a sua infância, quando na verdade tudo não passa de uma forma visual que seu cérebro encontrou para guardar relatos de amigos e parentes, contados tantas vezes seguidas que até o cérebro acredita ter memórias reais sobre esses acontecimentos.
A diferença entre esse processo e o Déjà-vu, é que o primeiro está relacionado à uma falha de armazenamento de novas memórias no cérebro, enquanto a segunda é a capacidade do cérebro de criar imagens tão detalhadas que parecem reais.
No geral, nem o Déjà-vu, nem as memórias autobiográficas são sinais de algo ruim, ambos os processos são naturais e acontecem com a maioria das pessoas.
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