O processo de envelhecimento varia entre as pessoas, e alguns indivíduos podem parecer envelhecer mais rapidamente do que outros. Neste texto, vamos explorar os fatores que contribuem para esse fenômeno, incluindo aspectos genéticos, estilo de vida, exposição a estressores ambientais e outros elementos que desempenham um papel fundamental nesse processo complexo.
Inicialmente, podemos distinguir entre idade biológica e idade cronológica, já que nem sempre a aparência de uma pessoa condiz com sua idade real. Algumas pessoas podem aparentar ser mais velhas do que são, enquanto outras podem parecer mais jovens ou ter uma aparência que corresponde à sua idade cronológica. Mas o que influencia essa diferença?
Em um estudo realizado em 2015, pesquisadores analisaram mil participantes com 38 anos de idade para investigar a relação entre idade biológica e idade cronológica. Foram utilizados 18 marcadores para avaliar essa relação.
O que o estudo descobriu?
Os resultados do estudo revelaram que a maioria dos participantes apresentava uma idade biológica semelhante à sua idade cronológica, com um ritmo de envelhecimento correspondente a aproximadamente um ano a cada ano, indicando um processo de envelhecimento considerado normal.
No entanto, uma parcela significativa dos participantes mostrava um envelhecimento acelerado, com uma taxa de cerca de três anos a cada ano, enquanto outros demonstravam um envelhecimento quase imperceptível, com uma taxa próxima a zero anos por ano.
Além disso, ao avaliar marcadores psicológicos e mentais, o estudo constatou que o envelhecimento interno também ocorria, refletindo uma proporção semelhante ao envelhecimento físico. Esses resultados sugerem que fatores físicos e psicológicos influenciam o processo de envelhecimento.
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Mas o estudo recebeu críticas…
O estudo recebeu críticas de Anne B. Newman, da Escola de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade de Pittsburgh, que argumenta que a análise é fundamentalmente falha, de acordo com um texto publicado no National Library of Medicine:
Sua análise é fundamentalmente falha por não reconhecer o significado biológico das medidas que são usadas. Muitas das medidas utilizadas, como relação cintura-quadril, pressão arterial, colesterol, triglicerídeos e HgbA1C, são marcadores de declínio da atividade física e obesidade. Assim, acredito que o que está sendo descrito neste índice é amplamente relacionado ao ganho de peso no início da meia-idade.
No entanto, Belsky defende o seu trabalho sob os seguintes argumentos:
Primeiramente, nossos dados de suporte demonstram que a variação no índice de massa corporal (IMC) representa apenas uma pequena parte da variação observada nos outros 17 biomarcadores usados para calcular o ritmo de envelhecimento. Em segundo lugar, os dados de suporte indicam que excluir o IMC do cálculo do Ritmo de Envelhecimento não afetou os resultados encontrados.
Em resposta à carta de Newman, procedemos com uma reanálise dos nossos dados. Realizamos uma repetição da análise para validar a Idade Biológica e o Ritmo de Envelhecimento, incluindo controle estatístico para o ganho de peso.
A nova análise demonstrou que o ganho de peso não é responsável pelos resultados originais obtidos. Em resumo, nosso estudo não pode ser considerado ‘fundamentalmente falho’, como alegado por Newman.
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