Com o transcorrer das eras geológicas, o planeta Terra passou por diversas movimentações que formaram os continentes e a estrutura planetária que conhecemos hoje e aprendemos na escola. Durante muito tempo, os continentes foram grudados um ao outro e, com o passar do tempo, devido à dinâmica das placas tectônicas, acabaram se separando.
A teoria que explica essa separação se chama Teoria da Deriva Continental. Nessa separação, dos continentes, a Antártica acabou ficando isolada dos demais pontos do planeta, visto que se encontra no Polo Sul do globo terrestre. Por conta desse isolamento, uma dúvida é muito recorrente: Quem mora na Antártica?
A Antártica é conhecida por ser um dos continentes mais altos, secos e mais ventosos de toda a superfície terrestre. Além disso, esse continente tomado pelo gelo não possui nenhuma população nativa. Desse modo, devido ao seu grande afastamento, as condições climáticas do continente geralmente são inóspitas e não há nenhuma conexão com os demais continentes habitados.
Em vista disso, a Antártica passou os últimos 35 milhões de anos em reclusão, num relativo silêncio. Até a descoberta do continente que ocorreu no ano de 1820, até então, nenhum ser humano havia colocado os olhos (ou os pés) no continente gelado.
Existem pessoas morando na Antártica nos tempos atuais?
De fato, mesmo que não existam nativos antárticos, residentes permanentes ou até mesmo cidadãos da Antártica, a realidade é que existem muitas pessoas que vivem na Antártica todos os anos. Nessa perspectiva, existem estimativas de que tenha cerca de cinco mil cientistas e pesquisadores vivendo na Antártica no auge do verão, entres os meses de outubro e abril, juntamente com aproximadamente quarenta e cinco mil turistas antárticos que estão visitando o continente através de navios e cruzeiros de expedição.
No inverno, o número vai para algo em torno de mil cientistas e pesquisadores.
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Quem mora na Antártica?
No continente gelado, existem cerca de 66 estações científicas que estão espalhadas pelo território da Antártica, todas elas servindo como bases nacionais de pesquisa. Em vista disso, esses pequenos assentamentos criados na região conseguem suportar populações bem diferentes, que variam de menos de uma dezena de pessoas a mais de mil.
Não obstante, é válido destacar que a maior parte dos cientistas e técnicos de apoio que vivem na Antártica permanecem no continente por contrato de curto prazo, cerca de três a seis meses, mesmo que alguns permaneçam lá por até quinze meses, dois verões e um inverno. Ou seja, que mora na Antártica, o faz por um período reduzido de tempo.
Antigamente, a prática de ficar dois verões e três invernos era bem comum, no entanto, com o passar do tempo, isso parou de ser tão corriqueiro. Isso porque, o transporte para chegar até o continente só é possível durante o verão, visto que o inverno produz uma quantidade significativa de gelo marinho, ventos fortes e pouca visibilidade, tornando, portanto, a viagem altamente perigosa.
Ainda assim, pouco menos da metade de todas as estações que existem na Antártica realmente fecham durante o inverno. Mesmo com o frio rigoroso e as baixas temperaturas, o restante dessas bases de pesquisa continuam operando o ano todo.
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Como funcionam essas bases?
Em síntese, as estações científicas antárticas são postos bem avançados e remotos que operam de forma autossustentável, compostos por edifícios duráveis e opções de transporte para apoiar os pesquisadores e os cientistas nas operações de logísticas e no cotidiano das pessoas que vivem lá. Dependendo do tamanho da estação, pode haver refeitórios, instalações médicas, instituições de ensino e até mesmo estufas para o cultivo de determinados alimentos.
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