Tomar vitamina todo dia faz mal? Veja aqui se você precisa tomar!

O uso de multivitamínicos é bem comum nos Estados Unidos. Entenda os benefícios e os malefícios do uso desses produtos!

Nos Estados Unidos, metade dos estadunidenses adultos, incluindo 70% daqueles que possuem 65 anos ou mais, usam multivitamínicos, ou outros tipos de suplementos vitamínicos, ou minerais regularmente no dia a dia e o uso desses suplementos está se tornando comum também no Brasil. Mas, você sabe se pode tomar vitamina todo dia?

Nesse sentido, alguns estudos apontam que o país investe 12 bilhões de dólares por ano com esses tipos de medicamentos e suplementos. Esse montante, entretanto, segundo dizem especialistas em nutrição, poderia ser mais bem gasto com alimentos bem melhores que a suplementação, como frutas, legumes, grãos integrais e produtos lácteos com baixo teor de gordura. Ou seja, alimentos que possuam um grande indício de nutrientes para o corpo humano.

Relacionado a isso, em um editorial publicado na revista Annals of Internal Medicine, intitulado Enough Is Enough: Stop Wasting Money on Vitamin and Mineral Supplements, pesquisadores da Johns Hopkins analisaram algumas evidências acerca dos suplementos em relação aos benefícios de uso.

Se você possui dúvidas se pode tomar vitamina todo dia, esse texto é destinado a você. Confira!

O que é um multivitamínico?

Em síntese, os multivitamínicos são, de forma bem simplificada, suplementos alimentares bem populares nos Estados Unidos, utilizados por mais de 50% dos estadunidenses cotidianamente. Os suplementos, portanto, são utilizados para repor nutrientes que não estão sendo consumidos em alimentos, por exemplo.

Os multivitamínicos ajudam a reduzir os riscos a doenças?

Segundo o estudo que foi feito pelos pesquisadores, os dados coletados concluíram que os multivitamínicos não são capazes de reduzir significativamente o risco de doenças como as cardíacas, o câncer, as de declínio cognitivo (como perda de memória e pensamento lento) ou uma morte precoce. Em síntese, esses cientistas conseguiram observar que, em alguns estudos feitos anteriormente, os suplementos de vitamina E e o betacaroteno parecem ser prejudiciais, especialmente quando pessoas utilizam ambos em altas dosagens.

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Tomar vitamina todo dia faz mal? Quais são os riscos?

Conforme os especialistas, o maior problema é usar multivitamínicos e efetuar uso dessas substâncias excessivamente. Isso ocorre, em tese, porque, quando se usa o medicamento de forma exacerbada, consequentemente, a pessoa ingere certos nutrientes de modo excessivo. Ainda em relação a esse fator, outro estudo apontou que a ingestão excessiva de cálcio, ácido fólico, selênio e zinco, por exemplo, pode desencadear problemas pelo excesso dessas substâncias no organismo.

Quem pode se beneficiar com a utilização dos multivitamínicos?

Para a maioria das pessoas, as dietas são mais indulgentes do que nutritivas. No caso dos estadunidenses, eles consomem cerca de 30% de suas necessidades calóricas em alimentos ricos em energia e vazios em nutrientes, como sobremesas, lanches e álcool, conforme apontam diversos dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição.

Em consequência desse hábito, existe uma falta de micronutrientes essenciais na alimentação dessas pessoas. De acordo com o Instituto Linus Pauling, um instituto de pesquisa em nutrição molecular da Oregon State University, existe uma lista que abrange sujeitos que estão mais propensos a estar com algum tipo de deficiência de micronutrientes. Levando essa lista em consideração, as pessoas que podem acabar se beneficiando do uso dos multivitamínicos são:

  • Mulheres em idade fértil, grávidas ou lactantes;
  • Indivíduos obesos que aumentaram as exigências de alguns nutrientes;
  • Bebês, crianças e adolescentes em crescimento e desenvolvimento;
  • Idosos que apresentam apetite ou absorção reduzidos;
  • Pessoas com problemas de absorção de nutrientes, incluindo usuários de álcool em excesso;
  • Pessoas com menor consumo de nutrientes, incluindo aquelas que não realizam uma dieta saudável, que enfrentam insegurança alimentar ou que são potencialmente veganas ou vegetarianas.
  • Pessoas que possuem baixos índices de vitamina D, incluindo as que usam protetor solar.

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