Solidão e tristeza podem acelerar envelhecimento, diz estudo; saiba mais!
Fatores psicológicos, como solidão e tristeza, podem acelerar o envelhecimento em até dois anos
Você sabia que solidão e tristeza podem acelerar o envelhecimento? Embora a gente já conheça os efeitos nocivos das doenças emocionais ao organismo, estudos científicos comprovam que solidão e tristeza somam quase dois anos à idade biológica da pessoa.
Os resultados foram obtidos pelo Estudo Longitudinal de Saúde e Aposentadoria da China (CHARLS), envolvendo um grupo de pessoas com mais de 45 anos. Na pesquisa, observou-se que fatores psicológicos acrescentam 1,65 anos, em média, aos indivíduos.
Com isso, o efeito foi considerado mais forte do que o sexo biológico, área de residência, estado civil e tabagismo, por exemplo. Entretanto, como veremos, a solidão e tristeza podem acelerar o envelhecimento em proporções diferentes.
Como solidão e tristeza podem acelerar o envelhecimento?
Em primeiro lugar, os estudos indicam que as pessoas não envelhecem na mesma proporção. Isso significa que a taxa de envelhecimento biológico pode ser mais lenta em pessoas que têm melhor saúde em comparação com outras da mesma idade cronológica, isto é, determinada pela data de nascimento.
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Para estudar o ritmo como solidão e tristeza podem acelerar o envelhecimento, os cientistas desenvolveram os chamados “relógios do envelhecimento”. São modelos matemáticos que medem a idade biológica combinando dados sobre vários parâmetros de saúde e condições médicas para preverem de idade biológica.
Com a ajuda da Inteligência Artificial, então, os cientistas desenvolveram relógios a partir da promissora abertura de novos locais no desenvolvimento de medicamentos. Sendo assim, além de doenças e condições médicas, os estudos permitem explorar formas de reduzir o envelhecimento biológico por meio de exercícios, dieta e suplementos dietéticos.
Metodologia da pesquisa
Até então, o impacto dos fatores psicológicos no envelhecimento tinha sido pouco estudado. Ou seja, apesar de existirem várias teorias sobre como solidão e tristeza podem acelerar o envelhecimento, a ciência ainda era um pouco rasa neste sentido.
Por isso, o grupo de cientistas iniciou o estudo para identificar as possibilidades de desacelerar o ritmo de envelhecimento e, consequentemente, retardar o aparecimento de doenças relacionadas. Mas, primeiro, era necessário quantificar a taxa de envelhecimento em um nível individual.
Logo, o chamado ‘relógio de envelhecimento’ reconhece os traços do envelhecimento em função de dados biológicos, por exemplo, exames de sangue clínicos. Nestas análises, descobriram que o estado emocional causa certa confusão na medição do ritmo do envelhecimento e, portanto, precisa ser considerado.
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Assim, os cientistas exploraram em direção do envelhecimento mental. Neste estudo, em particular, foram usados dados de 4.451 participantes, incluindo respostas a oito marcadores do estado psicológico da pessoa. Entre elas:
- frequência com que a pessoa é incomodada por coisas específicas
- falta de foco
- deprimida
- esperançosa
- medrosa
- propensa a sono inquieto
- feliz
- solitária
O relógio de envelhecimento, então, usou uma combinação de biomarcadores sanguíneos, parâmetros biométricos e o sexo biológico para criar uma rede neural profunda. Esta, então, preveria a idade biológica.
Os resultados mostraram precisão de até 5-6 anos, classificando corretamente pessoas com doenças associadas ao envelhecimento como mais velhas. Ou seja, o cuidado com os fatores psicológicos influencia, sim, na taxa proporcional de envelhecimento.
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