Crypt of Civilization: A incrível cápsula do tempo de 6 mil anos
O fascínio por desvendar o passado e legar um pedaço da nossa história para as gerações futuras é algo que transcende culturas e eras.
Pense em capturar fragmentos de uma época e selá-los, para só então serem revelados seis milênios depois. Esta é a fascinante saga da cápsula do tempo guardada por 6.000 anos, uma silenciosa testemunha da década de 1930.
Uma visão além do tempo
A aventura teve início em 1936 com Thornwell Jacobs, um acadêmico imerso nos estudos do Egito Antigo. Diante da escassez de informações sobre essa civilização distante, Jacobs entendeu que nosso saber provém principalmente de túmulos faraônicos, pirâmides e algumas inscrições sumérias raras.
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Motivado pelo imperativo arqueológico de documentar seu próprio tempo, nasceu o projeto da cápsula do tempo. Jacobs concebeu uma espécie de “túmulo faraônico” contemporâneo.
Sediada na Phoebe Hearst Hall da Oglethorpe University, em Geórgia, EUA, a cápsula do tempo foi meticulosamente montada. Ela abriga artefatos de até 6.000 anos atrás, assim como registros da década de 1930, incluindo gravações do clarinetista Artie Shaw, filmes de eventos desde 1898, centenas de livros em microfilme e um inventário detalhado dos itens.
Retratos do Cotidiano
O que torna esta cápsula do tempo única é sua valorização da vida cotidiana daquela era. Em vez de tesouros e metais valiosos, ela contém itens que refletem a essência dos anos 1930. Um pequeno boneco do Pato Donald, um ícone cultural, encontra-se entre as relíquias do dia a dia.
Um mecanismo de tradução inovador também foi incorporado, visando facilitar a comunicação com civilizações futuras.
A cápsula tem data para ser aberta: o ano 8113 d.C., exatamente 6.177 anos após a invenção do calendário egípcio.
A inscrição na porta da cápsula, lacrada em 1940 durante a turbulência da Segunda Guerra Mundial, declara: “O mundo está ocupado tentando enterrar nossa civilização; deixamos isso para você neste receptáculo.”
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Um Destino Indefinido
Atualmente, a cápsula reside na Oglethorpe University, mas seu destino é incerto, já que não há garantia legal para sua preservação.
Entretanto, ela continua a inspirar. Até no Brasil, uma cápsula foi selada no Museu Nacional da UFRJ em 2022 e será aberta em 50 anos.
A cápsula do tempo continua a fascinar, como demonstra o filme “Presságio”, no qual uma cripta de 1959 revela um mistério em 2009. Este artefato nos faz ponderar sobre o legado que deixamos para o futuro, enquanto aguardamos o dia em que seus segredos serão desvendados.
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