Tecnologia inovadora resfria sem eletricidade e reduz uso de ar-condicionado. Veja mais!
Inspirado em escaravelho material criado em Hong Kong pode reduzir em mais de 20% o consumo de energia com ar-condicionado.
Uma tecnologia inovadora, desenvolvida por cientistas da City University of Hong Kong, tem o potencial de mudar completamente a maneira como lidamos com o calor, tudo isso sem depender de energia elétrica. A equipe criou uma cerâmica inteligente que realiza o resfriamento passivo de ambientes, utilizando apenas a luz do sol e o frio do espaço para manter a temperatura em níveis mais agradáveis.
Inspirado na casca de um escaravelho conhecido por sua brancura impressionante, o material é capaz de refletir quase toda a luz solar e dissipar o calor com notável eficiência. Com isso, a expectativa é que haja uma redução significativa no uso de ar-condicionado, resultando em menor impacto no meio ambiente e oferecendo uma alternativa viável para a construção de edifícios mais sustentáveis.
Como funciona essa cerâmica?
Feita de alumina e com uma estrutura porosa notável, a cerâmica foi inspirada no Cyphochilus insulanus, um escaravelho que reflete intensamente a luz devido às suas escamas brancas. Essa característica foi replicada em laboratório, permitindo que o novo material alcance uma refletividade solar de 99,6% e uma emissão térmica no infravermelho médio de 96,5% — números surpreendentes quando se fala em resfriamento passivo.
O material é extremamente durável: suporta temperaturas superiores a 1.000 °C. Além disso, não se degrada com o passar do tempo sob sol e chuva, e é resistente aos efeitos dos raios UV.
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Economia de energia e menor impacto climático
Quando aplicada nos telhados ou nas paredes externas dos edifícios, essa cerâmica tem o potencial de reduzir mais de 20% do consumo de eletricidade proveniente de sistemas de ar-condicionado, de acordo com os pesquisadores.
A cerâmica atua semelhante ao resfriamento radiativo passivo (PRC), um processo que libera o calor diretamente para o espaço, sem gasto de energia. Dessa forma, alivia a pressão sobre as redes elétricas durante os picos de calor, diminui as emissões de gases poluentes e ajuda a combater o efeito das ilhas de calor nas áreas urbanas.
Produção em larga escala e aplicação acessível
Um dos principais diferenciais desse material é a sua viabilidade prática. A produção pode ser realizada em larga escala através de um processo simples de duas etapas: inversão de fase e sinterização. Isso torna a cerâmica não apenas eficiente, mas também economicamente atrativa, com potencial para substituir ou complementar os sistemas de climatização convencionais.
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Para o professor Edwin Tso Chi-ya, da CityU, o novo material representa um verdadeiro avanço em direção à refrigeração sustentável. Ele acredita que essa cerâmica é uma das soluções mais promissoras do momento para atender às crescentes demandas por conforto térmico, sem acrescentar mais pressão ao meio ambiente.
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