Antenas poderosas: formigas identificam câncer através da urina, segundo estudo!

Qualquer meio para detectar câncer o mais cedo possível é um grande aliado da medicina

Formigas não têm nariz. No entanto, elas têm receptores olfativos em suas antenas que ajudam a detectar comida ou parceiros. Em um novo experimento, cientistas da Universidade de Sorbonne levaram uma espécie de formiga chamada Formica fusca, conhecida pelo rápido aprendizado e boa memória, para encontrar o câncer por meio desses receptores. Como resultado, formigas detectaram câncer depois de três sessões de treinamento.

A pesquisa

O grupo de pesquisadores inseriu algumas amostras de tumores de câncer de mama em camundongos e colocou as formigas na frente da urina dos roedores. Segundo o estudo, essas formigas passaram ao menos 20% de tempo a mais próximas às amostras de urina contendo tumores cancerígenos do que às de urina saudável.

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O que acontece é que as células tumorais contêm compostos orgânicos voláteis, que podem ser usados ​​como biomarcadores de câncer. Atualmente, o modo de diagnóstico do câncer é invasivo, com coletas de sangue, biópsia ou colonoscopia. Portanto, esse tipo de estudo pode dar um pequeno vislumbre de um futuro em que os animais ajudariam a prover um diagnóstico mais facilmente.

A análise química confirmou que as moléculas voláteis malcheirosas na urina de camundongos com câncer são realmente diferentes daquelas sem câncer. Além disso, quanto maior o tumor cancerígeno, mais diferentes são os cheiros.

No entanto, as formigas não mostraram diferença em sua capacidade de detectar a presença de pequenos tumores em comparação com grandes tumores em camundongos.

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Embora esses resultados sejam promissores, mais trabalho precisa ser feito antes de qualquer uso potencial no cenário clínico. Uma limitação do estudo (https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2022.1962) é que os odores usados podem não representar a grande diversidade de odores de câncer que existem na natureza. Segundo os pesquisadores:

Em uma situação da vida real, fatores como idade, dieta, condição ou estresse podem contribuir para a variabilidade interindividual nos odores corporais individuais. O método ainda precisa ser validado usando diferentes tipos de tumor/câncer e, principalmente, amostras de origem humana direta, antes que possa ser considerado adequado como um teste de rotina para o rastreamento do câncer.

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