Filme O Escorpião Rei: uma jornada épica de amor, fúria e redenção

Um dos filmes que deu origem a uma das franquias mais célebres da história do cinema está disponível na Netflix

Em meio às tramas entrelaçadas da vida, cada indivíduo busca ávidamente aquilo que lhe é carente. Sentimentos como amor, fúria, desejo e ganância fluem em uma escala que varia conforme nossa posição no mundo.

“O Escorpião Rei”, uma crônica fantástica que se desenrola na expectativa de um salvador, navega por essas frequências, transcende a imaginação e, ocasionalmente, reinsere o absurdo quando necessário.

O protagonista, interpretado por Dwayne “The Rock” Johnson, luta contra poderosos impulsos, esforçando-se para dominar suas fraquezas enquanto se torna cada vez mais vulnerável aos desígnios confusos e sorrateiros do destino. Em sua jornada, ele enfrenta suas mais flagrantes inadequações, aquelas que corroem silenciosamente sua alma.

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O roteiro

O roteiro confere a Mathayus a missão de enfrentar sozinho uma legião de inimigos e suportar uma vasta gama de provações que ameaçam sua existência. Ele escapa ileso das artimanhas da vida, permitindo-se deleitar-se nas tramas do imponderável após investir toda sua energia na nobre causa de salvar seu povo. É o momento em que ele se lança às profundezas desconhecidas, sem saber se será capaz de retornar, impulsionado por uma nobreza inestimável.

A trama de “O Escorpião Rei” remete ao Egito Antigo, apesar de se situar milhares de anos antes da era das Pirâmides. O enredo não é inovador, e fica evidente o desfecho do convescote de bárbaros que alardeiam a chacina de povos mesopotâmicos, assírios, micênicos e sumérios, ansiando por exterminar Mathayus, o rebelde que tenta libertar sua própria civilização, apesar de ser visto como um pária pela maioria.


O carismático The Rock não cairia bem sendo rotulado como um vilão inquestionável, portanto, ele surge em momentos apropriados, como o harém guardado pela feiticeira Cassandra Hooey, de Kelly Hu.

A trama se desenrola com uma série de reviravoltas, e uma das cenas mais memoráveis mostra Mathayus escapando com a ajuda da bela bruxa, cujos longos cabelos proporcionam um momento cômico e engenhoso em meio à projeção.

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A história extravagante, os efeitos especiais pouco convincentes e as atuações quase grotescas conferem à obra o charme do kitsch e da comicidade involuntária, elevando-a ao status de um clássico do cinema B.

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