Um novo gatilho para a depressão é descoberto por cientistas

Esse novo gatilho é, na verdade, um aminoácido comum, que consegue desacelerar o cérebro e aumentar os sintomas da depressão.

As pesquisas sobre a depressão ainda são relativamente novas, uma vez que apenas recentemente começamos a reconhecer esse problema como uma doença. Gradualmente, temos avançado no entendimento sobre seu funcionamento.

Recentemente, foi descoberto por cientistas um novo gatilho para a depressão, o que pode levar a novas abordagens no tratamento da doença.

O papel da glicina no desenvolvimento da depressão

Pesquisadores da Universidade da Flórida publicaram na Revista Science (https://www.science.org/doi/10.1126/science.add7150)os detalhes da nova descoberta da neurociência com relação à depressão. No caso, esse estudo é o resultado de anos de pesquisa que teve como norte a seguinte pergunta: como os sensores nas células cerebrais recebem e transmitem sinais para as células?

A partir dessa pergunta, os cientistas descobriram, em 2018, um novo receptor que tinha relação direta com o desenvolvimento da depressão induzida pelo estresse. Trata-se do receptor GPR158, que os cientistas descobriram parecer com um grampo microscópico semelhante aos vistos em bactérias, não em células humanas.

A seguir, veio a conclusão de que se tratava de um receptor de aminoácido ligado à glicina. Ademais, os cientistas também estranharam como essa molécula sinalizadora não era um ativador, mas sim um inibidor celular. Desse modo, foi possível ligar o consumo da glicina à desaceleração do cérebro e à incapacidade de lidar com o estresse.

A necessidade de novos remédios para a depressão

O Doutor Kirill Martemyanov, autor correspondente do estudo, revela com entusiasmo como essa descoberta pode ajudar muitas pessoas. Ademais, ele enfatiza a necessidade de seguir com as pesquisas, uma vez que existe no mundo uma demanda por novos remédios capazes de tratar a depressão. Afinal, os que temos disponíveis não são tão eficazes.

Uma evidência disso é que medicamentos comuns para tratar a depressão geralmente levam semanas para apresentar resultados e, em muitos casos, não produzem efeitos positivos.

Por conseguinte, é crucial considerar alternativas inovadoras que possam lidar com essa necessidade de forma mais eficaz. Parece que a identificação do receptor GPR158 pode ser uma das abordagens viáveis.

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