Por que algumas pessoas “acordam” após serem declaradas mortas? Entenda!
Veja porque diagnósticos e impressões iniciais equivocadas podem fazer com algumas pessoas sejam declaradas mortas sem realmente estarem
Você, com certeza, já assistiu a filmes no qual alguém é enterrado vivo. Ou, ainda, viu notícias de pessoas que acordam no meio do próprio funeral. Esse tipo de matéria sai por motivos sensacionalistas e casos como estes são raros. Mas, acontecem! Então, por que algumas pessoas são declaradas mortas sem realmente estarem?
Há poucos meses, funcionários e médicos declararam a morte de uma novaiorquina no asilo onde vivia, mas funcionários da funerária viram que ela estava viva. Pouco tempo antes, em Iowa, algo semelhante aconteceu com uma mulher de 66 anos. Embora sejam situações incomuns, certamente, causam medo. E acredite, não é um temor tão recente!
Só para ilustrar, marinheiros costumavam costurar o sudário de um tripulante aparente morto, passando uma agulha pelo nariz da pessoa. Isso, a princípio, seria suficiente para acordar alguém que não estivesse, de fato, morto. Atualmente, os meios de comprovação são menos radicais, mas ainda perdura a dúvida do porquê pessoas são declaradas mortas sem estarem.
Por que pessoas são declaradas mortas se ainda estão vivas?
Inicialmente, os sinais de que alguém morreu são a ausência de batimentos cardíacos e respiratórios por um período, pupilas fixas e dilatadas e a falta de resposta a qualquer estímulo. São os indícios considerados inclusive pelos médicos para declarar a morte de um paciente.
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Porém, em alguns casos, confirmou-se a morte, mas o paciente mostrou sinais de vida posteriormente. A falha nos processos de confirmação de morte até explica casos de pessoas declaradas mortas sem, realmente, estarem. Isso se dá, por exemplo, por exames superficiais que impedem a oitiva dos batimentos, principalmente se fracos.
Ou seja, esse tipo de exame precisa ser realmente minucioso. Contudo, não dá para jogar a culpa apenas em exames. Para exemplificar, alguns medicamentos tanto ingeridos por conta própria quanto administrados no hospital dificultam um pouco esta tarefa.
Medicamentos que dificultam exames para comprovação de morte
A princípio, algumas drogas sedativas protegem o cérebro de alguma forma, um dos fatores que a indústria aproveita para a anestesia. Principalmente quando é necessário interromper a circulação por um tempo.
Ao mesmo tempo, uma overdose de sedativos reduz a capacidade de resposta, deprime a respiração e a circulação, consequentemente dando a impressão de morte. Isso se dá porque o medicamento protege o cérebro da hipóxia (falta de oxigênio). Porém, à medida que o corpo elimina a droga, a pessoa pode acordar.
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Só para se ter uma ideia do quanto isso é sério, já houve casos em que o Diazepam, comercialmente conhecido como Valium, levou a pessoas declaradas mortas sem, realmente, estarem. Da mesma forma, o alprazolam, nome comercial do Xanax.
Contudo, determinadas toxinas também levam a efeitos similares. Por exemplo, os Bokors, conhecidos como praticantes de vodu, administravam pequenas doses de tetrodotoxina de peixe baiacu para paralisar a vítima. Em seguida, raptava-se a pessoa antes do enterro para, então, escravizá-la.
E a água fria?
Mas, pasme, a imersão em água fria também pode levar à ilusão de morte porque provoca a desaceleração da frequência cardíaca. Tanto que há relatos de sobrevivência após períodos consideráveis de tempo na água gelada.
Na medicina de emergência, por exemplo, há protocolos cuja orientação é não declarar que um paciente morreu por afogamento até aquecê-lo devidamente. Só para ilustrar, há registros de boa recuperação neurológica mesmo depois que a pessoa ficou imersa na água fria por até 70 minutos.
Outro fator que leva a pessoas serem declaradas mortas sem realmente estarem é o desmaio. A ativação do nervo vago, o nervo craniano mais longo do corpo, ocorre durante a condição, diminuindo a frequência cardíaca e reduzindo a pressão sanguínea.
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