De onde vem o vinho utilizado na Igreja Católica? Veja seu teor alcoólico inusitado!

Historicamente, o vinho desempenha um papel importante na Igreja Católica, uma vez que é utilizado durante a celebração da Eucaristia, simbolizando o sangue de Jesus Cristo. Mas você sabe de onde vem o vinho utilizado pela Igreja Católica no Brasil? Muitas pessoas não sabem, mas o vinho canônico tem especificações rígidas de produção e é fornecido principalmente por vinícolas da Serra Gaúcha.

O que é um vinho canônico?

O vinho canônico é um vinho utilizado durante as celebrações católicas que deve seguir rigidamente as especificações do Código de Direito Canônico e do Ministério da Agricultura. Para que o vinho seja consagrado, ele deve ser 100% feito a partir de uvas e sem qualquer tipo de aditivo químico.

Para a produção desse vinho, são utilizadas, de preferência, uvas Moscato e Isabel, conhecidas pelo sabor doce e almiscarado. Além disso, apenas deve-se utilizar o suco da primeira moagem das uvas. O vinho canônico deve ser armazenado em barris de madeira por 3 anos, tempo ideal de maturação, antes de ser consumido em celebrações da Igreja.

O processo de fabricação do vinho canônico dá origem a um vinho licoroso, rosado e de alto teor alcoólico (16-18%), teor acima do dos vinhos comercializados no Brasil, que costumam ter entre 10% e 15%.

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As vinícolas que produzem o vinho e o alerta sobre denúncias de trabalho

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou recentemente uma nota recomendando que haja zelo pelo tipo de vinho utilizado nas missas. Embora não seja divulgado quantas e quais vinícolas produzem o vinho canônico, sabe-se que a maior parte da produção vem da Serra Gaúcha.

Com relação às últimas denúncias de trabalho análogo à escravidão envolvendo diversas vinícolas do sul do país, dentre elas Salton, Aurora e Garibaldi, a nota divulgada pela Conferência enfatiza que “é recomendável que se busquem, para a celebração da missa, vinhos de procedência sobre os quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos da sua produção.”

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