Calor chegando: qual é a temperatura máxima que o corpo suporta?
Limites da tolerância, entenda os efeitos do calor extremo no corpo humano e a importância da termorregulação.
As últimas semanas têm sido marcadas por intensas ondas de calor no hemisfério norte, com temperaturas globais atingindo níveis recordes. Novas descobertas alertam para os impactos dessas altas temperaturas no corpo humano. Isso nos faz perguntar, qual é a temperatura máxima que o corpo humano suporta?
Quais são os limites da temperatura corporal?
A busca pela maior temperatura suportada pelo corpo humano iniciou-se no século XVIII, graças ao médico inglês Charles Blagden, que protagonizou um experimento incomum para sua época.
Blagden entrou em um cômodo aquecido a 105°C e conseguiu permanecer no local por 15 minutos. Esse foi um dos primeiros passos para entender os limites de tolerância do corpo humano ao calor extremo.
Com o avanço da ciência, testes mais seguros surgiram, revelando que a maior temperatura que o corpo humano pode suportar é de 127°C, desde que essa exposição não ultrapasse 20 minutos.
O suor desempenha um papel fundamental em nossa capacidade de aguentar altas temperaturas. Quando nos encontramos em ambientes quentes, o suor é liberado pela pele como uma resposta natural da termorregulação.
Ao entrar em contato com o ar, o suor evapora, roubando calor do corpo e ajudando a dissipá-lo, o que nos mantém mais confortáveis em temperaturas elevadas.
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Efeitos do aumento da temperatura corporal
De acordo com uma pesquisa desenvolvida na Escócia, quando a temperatura ultrapassa os 40 °C, o organismo humano passa a não funcionar da forma ideal.
Nesse intervalo de temperatura, que pode chegar até os 50 °C, a taxa metabólica em repouso é alterada, indicando uma maior quantidade de energia indispensável para o funcionamento do corpo.
Os efeitos são notáveis: fica mais difícil respirar e os batimentos cardíacos aumentam. Caso o corpo não consiga equilibrar o calor do ambiente com a produção de suor, a temperatura interior começa a subir, desencadeando uma série de sintomas como dores de cabeça, náuseas, enjoos e até mesmo desmaios.
Como forma de adaptação, o organismo possui mecanismos de termorregulação para dissipar o calor e manter a temperatura interior em níveis seguros. O suor, por exemplo, é uma ferramenta essencial para o resfriamento, uma vez que a evaporação dele ajuda a reduzir o calor corporal.
Contudo, a exposição prolongada a temperaturas excessivamente altas, como em casos de ondas de calor extremo, pode levar a problemas de saúde graves. A insolação e as ondas de calor são emergências médicas que requerem atenção imediata. Nessas situações, a temperatura corporal pode exceder 40 °C ou até mesmo ultrapassar esses limites.
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