Quanto tempo uma pessoa consegue ficar sem dormir? Descubra com casos reais!
Experimentos mostram quanto tempo você realmente consegue ficar sem dormir e os efeitos da privação do sono
Todo mundo sabe o quanto dormir é importante para a saúde, tanto física quanto mental. O sono é necessário, por exemplo, para fortalecer a memória, manter o equilíbrio do humor e hormônios, bem como eliminar toxinas. Mas nem sempre a gente consegue manter uma rotina de sono ideal. E quanto tempo você realmente consegue ficar sem dormir?
Embora a gente tenha sinais típicos dos efeitos da insônia, outros são menos notáveis, como tempo de reação mais lento, problemas de memória e dificuldade de concentração. Só para ilustrar, quando uma pessoa fica sem dormir, os sinais são similares aos da embriaguez.
O que nem precisa tanto da ciência para explicar como ficamos péssimos no dia seguinte a uma noite em claro. Porém, cientificamente falando, é importantíssimo saber quanto tempo você realmente consegue ficar sem dormir, a fim de iniciar cuidados para melhorar nossa rotina de sono.
Quanto tempo você realmente consegue ficar sem dormir?
O Guinness Book registrou, ao longo de sua história, o caso de uma pessoa que ficou mais tempo sem dormir. Foi o dublê Robert McDonald que, em 1986, ficou na cadeira de balanço de um restaurante por 18 dias e 21 horas.
Ainda que seja uma atividade mais calma do que seu trabalho rotineiro, o próprio homem reconheceu não ter sido fácil. Na época, ele comentou que “estava pronto para desmaiar porque tive dificuldade em manter qualquer alimento no estômago”.
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Porém, a maioria dos recordes de permanência acordado é questionável do ponto de vista científico. O próprio livro anunciou, em 1997, que não mais registraria esse tipo de façanha, como resultado de reconhecer uma rara e fatal condição (Insônia Familiar Fatal) que causa o problema.
Tanto que, em 2010, rejeitou a alegação de um fotógrafo de celebridades de Los Angeles que afirmava ter ficado acordado por 968 horas, ou mais de 40 dias.
Bom, deixando os recordes um pouquinho de lado, segundo a ciência, quanto tempo você realmente consegue ficar sem dormir? Estudos científicos que investigam os efeitos da privação de sono geralmente mantêm os indivíduos acordados de 24 a 72 horas, por razões éticas.
Sobretudo porque os pesquisadores encontraram declínios graduais nos tempos de reação, memória de trabalho, atenção, habilidades matemáticas e tomada de decisões. Só para ilustrar, um estudo de 2004 manteve 21 voluntários acordados por 36 horas em três ocasiões diferentes.
Em seus resultados, apontaram que sofreram as consequências acima mencionadas, enquanto outras pareciam resistir aos efeitos da privação do sono e perda da função mental.
Alguém pode morrer se ficar sem dormir?
Sem dúvidas, o maior temor sobre ficar sem dormir são os efeitos da insônia na saúde e até se isso leva à morte. Mais uma vez, usaremos exemplos registrados longo da história recente.
Em 2012, um chinês de 26 anos morreu após ficar acordado por 11 noites seguidas para assistir aos jogos do Campeonato Europeu na TV, enquanto fumava e bebia cerveja. O homem supostamente voltou para casa após assistir à última partida com amigos, tomou banho, dormiu por volta das 5h da manhã e nunca mais acordou.
Um médico local mais tarde afirmou que o homem “estava com boa saúde, mas ficar acordado durante a noite e não dormir o suficiente enfraqueceu seu sistema imunológico”. Além disso, bebeu e fumou enquanto assistia aos jogos, desencadeando sua morte. Porém, a privação do sono também desempenha um papel naquela condição que citamos acima.
Trata-se da Insônia Familiar Fatal (IFF), que priva lentamente suas vítimas da capacidade de dormir ao longo de cerca de 18 meses (ou mais) e, ocasionalmente, as mata. Isso se dá pelos ataques de pânico agonizantes e sintomas psiquiátricos de paranoia, incluindo depressão.
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Consequentemente, os impactos no sistema nervoso são impiedosos que, então, fica marcado pelo aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura, sudorese, respiração e hormônios do estresse.
Os portadores de IFF compartilham sintomas similares ao delirium tremens, também conhecido como grave abstinência alcoólica. Por exemplo, alucinações, ansiedade extrema e pressão alta. Mas, em vez de durar vários dias, a IFF pode durar anos, à medida que a demência se instala, juntamente com dificuldade de falar e se movimentar.
Em algum momento, a pessoa pode perder a capacidade de dormir completamente e, inevitavelmente, cair em coma e morrer.
Conclusão
Ou seja, por causas normais, você consegue ficar até 72 horas sem dormir, ainda que isso não seja recomendado. Afinal, há efeitos consideráveis no organismo, como fadiga, problemas de memória ou cognição. Entretanto, as consequências são mais graves caso o motivo da insônia seja um fator genético.
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