Os substitutos da carne conseguem fornecer os mesmos nutrientes?

No mundo moderno, a questão ambiental vem se mostrando uma tendência para as futuras gerações. Hoje, o debate sobre os impactos humanos no meio ambiente é algo que não se encontra mais somente no âmbito acadêmico, como também na esfera política, debatido por governos de vários cantos do planeta. Nesse sentido, muitas pessoas estão mudando a própria alimentação rumo a uma dieta a base de plantas, sem alimentos de origem animal.

Algumas dessas dietas compõem-se de alimentos criados com a ideia de substituir a carne, imitando tanto os sabores quanto a textura das carnes tradicionais. Assim, um estudo recente analisou os aspectos nutricionais desses alimentos.

Previamente, podemos dizer que, conforme os dados coletados pelos pesquisadores, esses substitutos da carne possuem algumas deficiências nutricionais. Quer saber quais são? Então, continue a leitura deste artigo.

Qual é o valor nutricional dos produtos que visam substituir a carne?

Como mencionado, em uma pesquisa de doutorado que está sendo feita na Universidade de Tecnologia de Chalmers, localizada na Suécia, estudiosos analisaram o valor nutricional de 44 alimentos criados para substituir a carne. Nela, observaram-se componentes como fibras, gordura, proteína e até mesmo o teor de sal. Além disso, os pesquisadores também analisaram a biodisponibilidade dos substitutos zinco e ferro.

Hoje, sabe-se que os produtos de origem animal, como frutos-do-mar e carnes, são fontes significativas de zinco e ferro, tornando-se essencial estudar esses componentes também nos substitutos desses alimentos.

Conforme os estudos, foi possível perceber que alguns substitutos de carne podem realmente conter zinco e ferro. Porém, isso não significa que o corpo humano poderá usá-los sempre, visto que esses alimentos carregam um composto chamado fitato. Em suma, o fitato pode interferir na capacidade do corpo humano de conseguir absorver o zinco e o ferro em vários produtos que visam substituir a carne tradicional.

O estudo aponta que o fitato acumula-se no processo de extração de proteínas vegetais que costumam ser utilizadas para produzir substitutos da carne. Assim, ele dificulta a absorção tanto do ferro quanto do zinco.

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A variação entre os valores nutricionais dos produtos

Em suma, segundo os pesquisadores, é possível encontrar uma variedade complexa de valores nutricionais nos alimentos que visam substituir a carne tradicional. Nesse sentido, no que se refere ao nutriente zinco, a maioria dos produtos substitutos não contém quantidade suficiente para ser considerada uma substituição efetiva para os seres humanos.

No entanto, há algumas exceções nos produtos de micoproteínas, derivados de alguns fungos. Isso porque estes mostraram-se uma fonte possível e boa para a substituição da carne tradicional em relação à presença do zinco. Já no que se refere ao ferro, todos os substitutos apontados pelos estudos não se mostraram suficientes para a substituição da carne tradicional.

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Fontes de proteína e os substitutos da carne tradicional

A proteína é um nutriente essencial para a dieta humana, e existem muitos alimentos que são excelentes fontes de proteína e não derivam somente da carne. De fato, as fontes animais, como peixe, frango, carne suína e bovina, são ótimas para adquirir proteína. Porém, há pessoas que não consomem esse tipo de produto e mesmo assim ingerem a quantidade de proteínas necessária, por meio de lentilhas, feijão, ovos, etc.

Na sociedade moderna, a humanidade vem debatendo sobre a produção de produtos sintéticos benéficos para o consumo e que não agridam os animais. Porém, ainda são necessárias muitas pesquisas em torno dessa questão, visto que a produção de produtos substitutos da carne precisa passar por um processo rigoroso de análise com a finalidade de não deixar nenhum nutriente faltando. No caso dos produtos analisados, a dificuldade de absorção de zinco e ferro mostrou-se como um problema na nutrição desses alimentos.

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